Olá a todos!
Mais uma vez estou aqui para compartilhar uma citação. Eu recentemente descobri que tem que ser uma citação de algum dos contos que eu estou lendo para a classe..... então aqui vai.
Durante essas primeiras semanas, li contos de Machado de Assis e de outras pessoas. Achei histórias legaizinhas com um final um pouco bizarro. Porém, recentemente lemos um que eu gostei bastante. Se chama "O Conto da Ilha Desconhecida" de José Saramago, vencedor de um prêmio Nobel de Literatura em 1998.
O Conto fala sobre um certo homem que está em busca de uma ilha desconhecia. Para buscar essa ilha, o homem vai até um rei e o pede um barco. No começo do conto tem esse encontro com eles, e uma pequena discussão. Eu quero comentar uma parte dessa discussão que eu gostei bastante:
"E vieste aqui para me pedires um barco, Sim, vim aqui para pedir-te um barco, E tu quem és, para que eu to dê, E tu quem és, para que não mo dês, Sou o rei deste reino, e os barcos do reino pertencem-me todos, Mais lhes pertencerás tu a eles do que eles a ti, Que queres dizer, perguntou o rei, inquieto, Que tu, sem eles, és nada, e que eles, sem ti, poderão sempre navegar."
Eu achei muito interessante esta passagem. Muitas pessoas se sentem realizadas, superiores, por causa de suas posses. São conhecidas como pessoas materialistas. Mas também não falo somente a eles, mas a cada um de nós. Somos muito bons em apontar dedos para outros e ruins em reconhecer nossas falhas. Sempre quando compramos ou ganhamos algo de valor, nos sentimos bom, gostamos de mostrar para os outros, talvez até achamos que somos alguém melhor. Mas como o homem do conto ensinou ao rei, as posses talvez possam dar a aparência que você é alguém importante (como o rei que possui todos os barcos) mas para para pensar um pouco no que o homem disse:
"Tu, sem eles, és nada, e que eles, sem ti, poderão sempre navegar". Podemos possuir muitas coisas caras e chiques, mas essas coisas vão sempre ter valor, mesmo sem nós. E nós vamos sempre precisar delas para se tornar algo de valor. Realmente "mais lhes pertencerás [nós] a eles do que eles a [nós]". Se achamos que precisamos de bens materiais para ser alguém de valor, acabamos nos dependendo mais dos próprios bens materiais, e nos tornando realmente ninguém.
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